Quando a assessoria de imprensa encontra o marketing de conteúdo: nasce a comunicação com impacto

Quando a assessoria de imprensa encontra o marketing de conteúdo: nasce a comunicação com impacto

A integração entre assessoria de imprensa e marketing de conteúdo é o segredo para construir autoridade com impacto e performance real.

Se continua a tratar a assessoria de imprensa e o marketing de conteúdo como dois mundos separados, então está a comunicar com a força de um braço só. O mercado já mudou — e a forma como as marcas constroem a sua presença, reputação e confiança também. Hoje, ou tem uma estratégia que integra narrativas, canais e formatos, ou é apenas mais uma voz no ruído.

Durante demasiado tempo, a assessoria de imprensa foi vista como uma ferramenta exclusiva de relações públicas — aquela que serve para “sair na imprensa”, garantir cobertura positiva e controlar a narrativa junto dos jornalistas. E o marketing de conteúdo, por outro lado, era tratado como um braço do marketing digital — aquele que serve para gerar leads, tráfego, downloads e visibilidade online. Duas disciplinas que operavam em silos, com equipas diferentes, KPIs distintos e quase nenhuma coordenação real.

Mas a fronteira desapareceu!

O consumidor actual — e o jornalista também — não distingue se uma história veio de um artigo no blog da marca, de um post no LinkedIn do CEO ou de uma peça no jornal económico. O que interessa é se a informação tem valor, se é bem contada, se é credível. E é aí que a integração entre assessoria de imprensa e marketing de conteúdo se torna não apenas relevante, mas urgente.

A questão não é apenas de sinergia. É de sobrevivência. Porque hoje, quem não gera conteúdo de valor, desaparece. E quem não é notícia, perde autoridade. Só a combinação dos dois — visibilidade e conteúdo — permite construir marcas com real influência.

A transformação do comportamento mediático

Antes de avançarmos para a prática, é preciso entender o cenário. Nos últimos anos, os jornalistas tornaram-se consumidores de conteúdo como qualquer outro profissional da era digital: pesquisam no Google, seguem especialistas no LinkedIn, subscrevem newsletters temáticas, usam plataformas de curadoria e, cada vez mais, recolhem informação directamente nos canais das marcas.

Segundo o relatório “2023 Global State of the Media” da Cision, 84% dos jornalistas preferem histórias com dados, contexto e narrativas claras, e mais de 65% consultam blogs corporativos e conteúdos institucionais como fonte de informação. Este dado é revelador: o conteúdo criado pela própria marca já não é visto como mera propaganda — quando bem feito, é considerado um recurso credível.

Esta nova realidade obriga as marcas a evoluírem. Já não basta enviar um comunicado tradicional com três parágrafos e uma citação forçada. É preciso construir contexto, dar profundidade, apresentar dados, mostrar impacto. E para isso, nada melhor do que uma estratégia de marketing de conteúdo bem oleada — que permita complementar a assessoria de imprensa com activos que informam, educam e seduzem.

Como isto se integra a assessoria de imprensa e o marketing de conteúdo, na prática?

Tudo começa com uma mudança de mentalidade: deixar de ver a assessoria de imprensa como reacção e passar a vê-la como expansão. A estratégia não deve começar com “temos de enviar um comunicado”, mas com “que história queremos contar este mês, e como a podemos amplificar?”. A assessoria deixa de ser apenas o momento da notícia para passar a ser o ponto alto de um plano de conteúdo estruturado, que já foi preparado e semeado nas semanas anteriores.

Imagine, por exemplo, uma marca que vai lançar um novo serviço. Em vez de preparar apenas o press release, a equipa de comunicação pode — e deve — construir antecipadamente um ecossistema de conteúdo:

  • Um artigo de blog que explique o contexto e a tendência do sector (como já fizemos em “Vamos Otimizar o Seu Comunicado de Imprensa para a Era Digital”)
  • Um vídeo com o fundador a falar sobre os bastidores da decisão
  • Um post no LinkedIn do CEO a antecipar a novidade e convidar à discussão
  • Um whitepaper com dados e projeções que será referenciado no comunicado de imprensa
  • E finalmente, o comunicado — não isolado, mas como peça central de uma teia de conteúdo vivo

Com isto, a assessoria de imprensa ganha músculo. O jornalista que recebe o comunicado tem mais recursos para enriquecer a peça. O consumidor que lê a notícia encontra conteúdo adicional no site da marca. E o Google reconhece relevância, autoridade e contexto — gerando tráfego orgânico e backlinks de qualidade.

A importância de construir autoridade através de conteúdo

Um dos grandes erros das marcas é tentar aparecer nos media sem ter uma presença digital sólida. Porque, sejamos honestos: qualquer jornalista, antes de citar alguém, pesquisa. Se não encontra nada — se o site está parado, se o blog está vazio, se o LinkedIn está morto —, a confiança esvanece. E a oportunidade morre.

É aqui que o marketing de conteúdo se revela essencial: permite construir autoridade antes da visibilidade. E quando essa visibilidade chega, ela é validada.

Não é por acaso que cada vez mais marcas apostam em conteúdos de liderança de opinião — aquilo a que os americanos chamam “thought leadership”. Estamos a falar de artigos assinados, vídeos de opinião, publicações profundas no LinkedIn, estudos de mercado, relatórios sectoriais. Não são apenas peças de marketing: são ferramentas de posicionamento estratégico, e devem ser integradas no plano da assessoria de imprensa.

Na Do It On, temos trabalhado com marcas que têm conseguido maior cobertura nos media depois de se afirmarem como fontes credíveis através de conteúdo próprio. Quando um jornalista vê que o CEO de uma empresa escreve semanalmente sobre o futuro do seu sector, que publica dados, que analisa tendências, que participa na conversa — essa marca ganha estatuto. E isso abre portas!

A medição do impacto da assessoria de imprensa e o fim das métricas vaidosas

Integrar assessoria de imprensa e marketing de conteúdo não é apenas uma questão criativa — é também uma questão de performance. Quando estas duas disciplinas trabalham em conjunto, os resultados são mais fáceis de medir e mais fáceis de justificar.

Porque agora não se trata apenas de contar menções nos jornais ou likes num post. Trata-se de seguir o rasto completo: da publicação no blog ao clique no link, do press release ao aumento de tráfego, do artigo de opinião à geração de leads.

Com ferramentas como o Google Analytics, o Ahrefs ou o SEMrush, conseguimos monitorizar quais conteúdos estão a gerar backlinks valiosos — como explicamos neste artigo sobre 9 ferramentas de envio de comunicados de imprensa — e quais estão a posicionar-se organicamente nos motores de busca.

E isto muda tudo. Porque, de repente, a assessoria de imprensa deixa de ser um centro de custos intangível para se tornar uma alavanca de ROI.

Comunicação unificada, resultados multiplicados

O futuro da comunicação é híbrido. E a assessoria de imprensa, quando integrada com o marketing de conteúdo, torna o seu poder exponencial. Deixa de ser apenas uma táctica de notoriedade para se tornar um pilar estratégico de posicionamento, influência e performance digital.

Esta não é apenas uma tendência. É uma necessidade. E quem não a seguir, ficará para trás — sem voz, sem tráfego, sem relevância.

Apresente-nos o seu desafio e objetivos de negócio e iremos desenhar uma proposta à medida das suas necessidades.

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