O que é o ClubHouse, a aplicação que gera relações e eventos sociais onde a voz é o essencial, sem mais distrações. Como as marcas e os seus decisores podem tirar vantagens da sua utilização?
Quando todos procuram o que está a atrair o interesse dos utilizadores de redes sociais, nós explicamos o que é o ClubHouse, a aplicação que gera relações e eventos sociais onde a voz é o essencial, sem mais distrações.
- O que é?
O sucesso desta app em muito se deve ao seu caráter único. Defini-la é, para já, uma tarefa complicada. Uma rede social de live chat, na qual se pode comunicar unicamente por meio da voz. - Como posso aceder?
De momento, só está disponível para utilizadores de iPhone. Existem, contudo, planos para expandir a aplicação a um público mais vasto que inclua o sistema operativo Android. - Qualquer pessoa com iPhone pode aceder à ClubHouse?
Teoricamente, sim. Pode, no sentido de estar apto a aceder à aplicação. Contudo, há ainda outra condicionante. Ao início, a única forma de usufruir da app era recebendo um convite de alguém que já fosse utilizador – quase como se de uma guest list se tratasse. Agora já é possível candidatar-se a entrar na rede e ser aprovado pela plataforma através de confirmação dos utilizadores que já lá se encontrem. Cada novo utilizador tem direito a 5 convites, recebendo mais à medida que for utilizando a aplicação. - Como se organiza este “live chat”?
Depois de entrar na aplicação, ser-lhe-á apresentada uma lista de tópicos que poderá seguir consoante os seus interesses. Seguindo os tópicos, encontrará pessoas com interesses em comum que pode também seguir. Mais tópicos e mais pessoas significam mais sugestões de salas nas quais pode entrar. - Como se processam as conversas?
As conversas ocorrem no âmbito de salas que aparecem e desaparecem à medida que são criadas e encerradas. Não é possível gravar as conversas – esta é outra das particularidades da aplicação (se bem que a Internet é a Internet, há sempre forma de fazê-lo). As salas têm um limite de 5000 participantes. O criador da sala é o moderador e é quem define quem pode participar na conversa. - Que formatos são suportados pelo ClubHouse?
Áudio (voz), essencialmente. O único formato adicional é a imagem, utilizada unicamente para definir uma fotografia de perfil. - Qual é o futuro desta aplicação?
Bem, futurologistas não somos, é certo. Mas, por agora, não será arriscado dizer que esta é uma aposta promissora. Criada em março de 2020, o ClubHouse conta já com 6 milhões de utilizadores. Claro que a situação pandémica em muito contribuiu para a adesão das pessoas, mas acreditamos que o seu potencial vá para além disso. - Porque é que de repente todos estamos a falar do ClubHouse se já existe desde março de 2020?
No início de fevereiro deste ano, Elon Musk esteve à conversa com Vlad Tenev, CEO da Robinhood. A conversa foi divulgada em livestream no YouTube (a Internet a fazer das suas!), impulsionando a sua popularidade e dando início à corrida por convites – estão até à venda no eBay! Além disso, a adesão de cada vez mais personalidades reconhecidas tem contribuído o aumento do número de utilizadores. Kevin Hart, Oprah Winfrey, Anitta, Drake, Jared Leto são alguns dos grandes nomes. - E em Portugal?
Na bolha portuguesa, têm-se visto também nomes bastante interessantes. Não só artistas e entertainers, como Raquel Strada, Rui Maria Pêgo, Vhils e, até, Bruno Nogueira, como figuras de outras áreas: Rui Tavares (historiador), Carlos Moedas (administrador da Gulbenkian) e a jornalista Rita Marrafa Carvalho, entre outros. - E sobre potenciais perigos?
Até agora, entre os perigos identificados consta, essencialmente, a falta de protocolos de segurança. Começando, por exemplo, pela dificuldade em conter discursos de ódio e propagação de violência e acabando na inexistência de métodos de verificação de idade – apenas maiores de 18 podem integrar a aplicação, contudo, não existe ainda forma de assegurar esta realidade.
